Cognitivismo

Cognitivismo


Não se pode falar sobre a abordagem cognitivista dentro da psicologia, sem atribuir sua construção a partir do crescimento de outras áreas - para ser mais específico a partir da segunda metade do século XX- do conhecimento tais como o nascimento da Inteligência Artificial (IA) e da cibernética, englobando conhecimentos como a Neurociência, a Filosofia, a Psicologia, a Linguística e a Lógica, por isso fala-se em Ciências Cognitivas, pois se trata de conhecimentos interdisciplinares.

O objeto de estudo das ciências cognitivas é “a representação do conhecimento, ou seja, os processos cognitivos e a própria representação” (ROZADOS, 2003, p. 85), cabe, portanto, nesse contexto dizer que “o cognitivismo está, pois, preocupado como processo de compreensão, transformação, armazenamento e utilização das informações no plano da cognição” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001, p. 116).



          O cognitivismo começou como uma contraposição a linha Behaviorista com a abordagem do processamento da informação.
Essa abordagem de Processamento da Informação não foi bem aceita, pois tratava o ser humano como "computador". Além disso, mais pra frente, o cognitivismo se ateve a estudar as sensações e percepções , não ignorando os processos mentais e fisiologicos.

O conhecimento da abordagem cognitiva foi encorajado pelas pesquisas em linguística, o linguista “Noam Chomsky (1957), dava ênfase aos processos mentais que precisamos compreender e produzir a linguagem” (MATLIN, 2003, p. 6), em memória – demonstrando a existência de vários tipos de memória como a de curto e a de longo prazo- e em Psicologia do desenvolvimento com os estudos de Piaget sobre como funcionava a mente humana(especificamente na fase infantil) na aquisição de conhecimento e inteligência.

Resgatando a interdisciplinaridade pode-se dizer que as ciências cognitivas se apoiam em alguns princípios, podem-se citar três:
“não existe dualismo entre a mente e o cérebro, um problema em nível físico vai se repetir em nível mental, o homem pode simular, artificialmente, os processos cognitivos, mentais e o conhecimento é uma representação simbólica do real” (ROZADOS, 2003, p.86).





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